segunda-feira, janeiro 14, 2008

Curto, objetivo, confuso e sem motivos

Não era bem isso que eu queria de mim.

Também não era bem isso que eu queria de nós... mas já que tem que ser (mesmo sem eu saber o porque) que seja da forma como já sabemos que é mais fácil, não é mesmo.... Mas não se importem não, eu já sofri e sei que aguento.

Mas é qu a esta altura do campeonato...ai ai ai... cá estamos eu e ela dançando outra vez!!!!

segunda-feira, outubro 29, 2007

Acho que eu prefiro o cinza....

Ok, eu sei, a culpa é minha... eu escolhi tudo isto pra mim, ok, ok. Mas não sei, é que as vezes eu penso que escolhi moda porque eu poderia fazer mais coisas por esse lado do que no antro de todos aqueles pensadores.

Agora, bem hoje eu me questiono quanto a isso... continuo achando que é uma briga que talvez eu devesse comprar, mas não quero passar a mão na cabeça das pessoas. A minha sensação é que os meus professores mandaram a gente pra banca externa numa coisa meio "Ah, tadinhas, elas são doidas, mas é bonitinho...." e não era bem isso que eu queria. Já escolhi um tema que é fútil, encantador por si só... não quero ter que comprar flores, colocar brilhos... eu queria, num mundo só meu aparentemente, que as pessoas vissem o valor que há em uma produção cultural. Não que eu tenha feito uma obra digna de enaltecimentos, mas que a força de vontade fosse reconhecida isso tinha que ser.

O mercado de moda não é social, não é intelectual, mas podr(ria) melhorar um pouco.... só um pouquinho... se não fosse pela inércia das pessoas que constroem ele. Poxa até a Rede Globo tem falado que ler é do bem, eles tinham que acreditar na Rede Globo pelo menos.... mas não, nessas horas eles chamam a globo de hipócrita.

Efim, acho que começo a acreditar na idiocracia, de fato. Porque eu não vou nadar contra a maré... vou é me jogar nela e deixar me levar.... não, eu não vou comprar flores nem me encher de brilhos... vou é manter o meu trabalho fora da área de circo... e tentar garantir um 4 que é o que eu preciso... afinal pra o que é, tá bom... tadinhas...

quarta-feira, outubro 24, 2007

Como este é o blog que ninguém lê eu vou de fato escrever o que eu quiser, porque estou há 2 semanas sem o meu psicólogo... psicólogo é o caralho... sem o meu psiquiatra e já está na hora da minha seção de terapia.

Eu tenho andado irritada, também malvada, mal humorada, carente, ansiosa e frustrada...mas quer saber, desta vez eu não me culpo. Porque o que acontece na verdade é que mais do que todas essas coisas, eu estou com medo.

- Isso, medo, o terrível, horroroso medo.

- E num é só medo do que me espera não, porque disso eu tenho muito muito medo meeesmo, mas é também dessas coisas.... essas coisas que eu ando sentindo.

Já aprendi a me aceitar como uma pessoa ciumenta e possessiva e convivo muito bem com esses meus amiguinhos constantes, os enjôos e dores de cabeça que eles me causam são música para meus ouvidos.

-Mas eles mudaram, na verdade eles não mudaram tanto assim, o que mudou foi a permissão que eles tinham.

Realmente é difícil, porque perceba (Heloisa), eles são grandes, enormes, barulhentos e espaçosos... mas agora moram apenas e tão somente dentro de você... e você é pequeniniha, mirrada, coitada, comeu pouco na infância.

-Então é o seguinte, eu continuo com o meu jeitinho doce de ser e azedo de sentir....

-isso, é assim mesmo, o problema é que sentir sozinha é que nem fazer festa e ninguém aparecer...

-Aaaaah e disso eu entendo... entendo mesmo...

- Então pronto, tá aí...

- Sim sim!!! Por isso a frustração!!!

- Exatamente. Era aí que eu queria chegar, mas e aí? Cosa facciamo com essa frustração toda?

- Como assim?

- Vai continuar sentindo sozinha?

- Ah, mas é claro! Por que isso deveria mudar? Não, nunca.... Continuo eu aqui, tendo esses sonhos maravilhosos e me contentando com eles porque tão cedo eles não se realizam mesmo. Até porque da forma como eu escolhi desta vez não tem nem chance de...

- Tudo bem, já entendi.... Bom, nos vemos semana que vem?

- Ah, já deu a hora?

- Já sim... (putz, tadinha, essa não tem jeito, mas tem um senso de humor.... maravilha...)

terça-feira, outubro 02, 2007

Aaaah chega né?

Chega, porque eu não tenho mais bom coração. Não tenho mais paciência, nem amor ao próximo nem compaixão. Eu não sou santa e não preciso disso.
Claro, eu amo algumas pessoas, adoro outras, cultivo mais outras tantas e essas sim, merecem todo o meu lado bom. Mas só elas.

Parei de gastar as coisas boas com qualquer um. Qualquer um é qualquer um e eu não sou mais trouxa nem tenho mais coração mole. A partir de agora mereceu, levou na cabeça porque eu não vou ser mais a idiota que leva tudo e todos até o fim dos tempos porque acha que no fundo, bem lá no fundo existe bondade.

Não quero mais saber de bondade. A minha agora eu só gasto com os meus.... e eles que tomem cuidado pra não passarem a ser de qualquer outra pessoa. E quem quiser seu meu que me conquiste, porque eu não sou banco pra sair por aí dando crédito.

quinta-feira, agosto 23, 2007

Hoje... ou alguma coisa do tipo.

Pode ser que isso dure tanto tempo quanto mais um dos meus caprichos, mas pode ser que não. Sei falar por hoje, por bem agora e pelo que sei falar, quero colo.
Sei que colo é uma coisa que eu trago constantemente aos meus posts mas é que acho que fazia bastante tempo que eu não precisava de colo assim, que nem uma criança. O colo de uma mãe, de um pai, pode acabar com qualquer problema na vida de uma criança e hoje eu sou uma criança. Assustada, boba, vendo o bicho papão subir na minha cama e tudo o que me ocorre fazer, pensar é que eu quero colo...

O que mais me faz querer colo é saber que desta vez não tem colo no mundo que vá resolver. Colo, pois é, que palavra... porque será que ela me faz tantos sentidos? Curioso.... irônico....

domingo, julho 29, 2007

Como se honra um poeta!

Após voltar para minha casa depois de receber a notícia a insônia me acompanhou. O sono não vinha e resolvi pensar em outra coisa e passar o tempo. Peguei um livro e deitei. O livro no caso era “Poesia completa de Alberto Caeiro”, para quem não conhece trata-se do mais metafísico dos heterônimos de Fernando Pessoa. Pois bem, me deparei com alguns poemas como; “É talvez o último dia de minha vida/ Saudei o sol, levantando a mão direita/ Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus/fiz sinal de gostar de o ver ainda, mais nada” ou ainda “Medo da morte?/ Acordarei de outra maneira,/Talvez corpo, talvez continuidade, talvez renovado,/Mas acordarei/Se até os átomos não dorme, por que hei-de ser eu só a dormir?”, “o meu olhar azul como o céu/ É calmo como a água ao sol (..).”
Fiquei pensando que meu tio/padrinho/pai era alguém que sabia ver as coisas.. sabia olhar pra elas e ver o que apenas eram. Pensei então em levar ao velório uma série de poemas, uma carta e declamá-los aos quatro ventos como forma de homenagem e despedida. Lembrei-me então de outro poeta, Vladimir Maiakovski. Que no seu poema mais famoso dizia: “E levam versos velhos ao velório/ Sucatas de antigas exéquias/ rimas gastas (..)/ E é assim que se honra um poeta?” Não, não é. E que ninguém duvide que meu tio foi um poeta.
Um Poeta não apenas escreve versos, não é isso que o define. Um Poeta se define pelo olhar, por como vê as coisas, como lida com elas. Meu tio foi um Poeta em todo o sentido da palavra. Pra mim, só tem um jeito de se honrar um Poeta, dando razão a ele. Por isso não fui ao velório. Quero homenageá-lo honrando a Vida. Honrando sua lembrança. Não posso honrar um Poeta cantando a morte. Não um Poeta que sempre cantou a Vida. Ele sempre amou viver e viveu bem, maravilhosamente bem. Sempre soube olhar pra todas as coisas. O que tenho que fazer agora é tentar aprender a olhar, tentar entender um pouquinho todo o legado que ele deixou e tocar minha vida. Não posso deixar que todo investimento que ele fez em mim simplesmente desapareça... Dando razão a ele... e assim se honra um Poeta!

segunda-feira, julho 09, 2007

Por que parar....

Parar porque quando se vai até o osso, não sobra carne pro dia seguinte. Porque as vezes é melhor deixar sobrar pra se lembrar do que passar mal pelo excesso.

Isso nunca tinha acontecido comigo. Não de fato... já falei que sim, mas era mentiiiira. Na maquiagem, a gente usa o iluminador até o ponto alto. Depois para, porque senão as falhas se acentuam e ninguém quer falhas acentuadas.

Tem dias em que vale mais a pena voltar pra casa imaginando o que poderia ter sido. Ou pelo menos é o que eu acredito porque levar às últimas consequências sem certeza custa caro e eu já paguei o preço.

A vida é curta, mas não tanto quanto a falsa sensação de uma breve vitória.

A condição da efemeridade não pode ser levada à consequência em toda e qualquer ocasião. Desta vez estou pensando no seguinte: a vontade pode ser mais enriquecedora do que a conquista.

E é nesse plágio de mim mesma que me pergunto: carpe diem? Sim, tempus fugit, mas olhe bem... veja os pormenores antes. Um dia só é um dia porque teve um antes, vai ter um depois e, assim como todos, vai ser feito de pequenas coisas, dúvidas e sensações que se fazem perguntar.