sexta-feira, novembro 17, 2006

Lichias

Acho que peguei pesado no último post e estou ficando muito chata.
A semana foi um porre, talvez a semana mais cansativa do ano. Milhões de aulas e trabalhos e reuniões e iniciações e fuscas quebrados, enfim tudo aquilo que poderia acontecer normalmente, mas num período tão pequeno é um saco.
Depois de uma aula chatíssima de coisas pequenas (como todas as outras) Chego em casa e o que eu encontro? Um pote de lichias. Tem coisa melhor? Sentei, sorri para a minha mãe e fui comendo devagarinho, comendo uma, meia hora depois outra e guardando o resto para comer amanhã e depois, para durar mais. Me lembrei do meu moço dos olhos azuis.
Quando o conheci, ele era muito pequeno e lindo. Me apaixonei. Aos quinze, resolvi que ia namorá-lo. Ele, com treze anos e 1,80, mais bonito do que nunca. Nos agarramos loucamente por uns 3 meses. Depois por um motivo qualquer desses da vida, me irritei, acabei tudo e resolvi postegar. Postergar, deixar ele crescer, virar quem eu queria que ela virasse.
Mas ele não virou, numa férias de julho ele não voltou mais. Deixei para curtir devagarinho, como fazia com os algodões-doce da minha infância e como estava fazendo com as Lichias...
Parei e comi todas elas, curtindo cada uma, mas não quis guardar para que ficassem mais maduras e mais doces. Comi como elas eram, talvez elas não virassem o que eu queria. Elas estavam tão boas mesmo.