segunda-feira, junho 28, 2004

Alguém me explica

Eu não entendi! Não foi a Globo que apoiou a ditadura (e cresceu muito com isso)? É... não foi a Globo que proibiu citar o nome de Chico Buarque de Hollanda? Não entendi a novela nova. Marília Gabriela vestido de rosa choque com um delineador péssimo chorando (quer dizer a personagem) ao som de Sabiá enquanto a TV mostrava uma encenação das ruas do Rio quando surgiu o AI-5? E um jornalista gritando que queria ser preso por que um dia o país ia ser livre e houve uma época que jornalista eram presos por suas idéias políticas? Pois é, e a Globo, onde estava em tudo isso? Ela esconde o passado... afinal... somos todos burros! Será que eu sou burra ou não é pra entender mesmo? Alguém me explica?

sexta-feira, junho 25, 2004

Nascer - morrer

Não sei bem ao certo porque postei o último texto. Estava triste ontem, bem triste. Fez um ano que vi aquele bom humor que me contagiava tanto... que vi pela última vez. Cheguei, ele falou que eu estava bonita... falou que não adiantava fazer simpatia para Santo Antonio porque era dia de São João. João. João deixou de existir. Um mês depois aquele sorriso também deixou de existir, me deixou aqui. Deixou de existir mas continua no ar, nas esquinas, nas aulas, rindo no colégio, no violão, no blues. Continua aqui, dentro de mim. O sorriso está desaparecendo da minha cabeçã, a voz também, mas a essência dele, eu vou levar pro resto da minha vida. Vai fazer parte de mim. Mesmo quando eu morrer, sei que ele vai continuar vivo. Ele estava dentro de mim, fazendo parte de mim, e vai fazer parte das outras pessoas que eu vou viver dentro. Vai continuar sorrindo por tabela. Continuar sorrindo pra sempre.

quinta-feira, junho 24, 2004

Nascer

O filho já tinha nome, enxoval, brinquedo e destino traçado. Era João, como o pai, e como aconselhavam a devoção e a pobreza. Enxoval e brinquedo de pobre, comprados com a antecedência que caracteriza, não os previdentes, mas os sonhadores. E destino, para não dizer profissão, ou melhor, ofício, era o de pedreiro, curial ambição do pai, que, embora na casa dos 30, trabalhava ainda de servente.
Tudo isso o menino tinha, mas não havia nascido. Eles nascem antes, nascem no momento em que se anunciam, quando a desejo realmente que venham ao mundo. O parto apenas dá forma a uma realidade que já funcionava. Para João mais velho, João mais moço era uma companhia tão patente quanto os colegas da obra, e muito mais ainda, pois, quando se separavam ao toque da sineta, os colegas deixavam por assim dizer de existir, cada um se afundava em sua insignificância, ao passo que o menino ia escondido naquele trem do Realengo. e eram longas conversas entre João e João, e João miúdo adquiria ainda maior consistência ao chegarem em casa, quando a mãe, trazendo-o no ventre, contudo o esperava e recebia nas mãos do pai, que de madrugada o levara para a obra.
Estas imaginações, ditas assim, parecem sutis; mas não havia sutileza alguma em João e sua mulher. Nem o casal percebia bem que o garoto rodava entre os dois como ser vivo; pensavam simplesmente nele, muito, e confiados, e de tanto ser pensado João existiu, sorriu, brincou na simplicidade de ambos. Como alguém que, na certeza de um grande negócio, vai pedindo emprestado e gastando tranquilamente, João e a mulher sacavam alegrias futuras. João sentia-se forte, responsável. Escolhera o sexo e a profissão do filho; a mulher escolhera a cor, um moreno claro, cabelo bem liso, olhos sinceros. Não havia nada de extraordinário no menino, era apenas a soma dos dois passada a limpo, com capricho.
Esperar tantos meses foi fácil. O menino já tomava muita parte na vida deles, nascer era mais uma formalidade. Chegou março, com um tempo feio à noite, que ameaçava carregar com o barraco. A mulher de João acordou assustada, sentindo dores. Pela madrugada, correram à estação; a chuva passara, mas o trem de Campo Grande não chegava, e João sem poder mexer-se. As dores continuavam, João levou tempo para pegar uma carona de caminhão.
Na maternidade não havia nem médico nem enfermeira, que o temporal tinha retido longe. João perdera o dia de serviço e esperou, determinado. Afinal, levaram a mulher para uma sala onde cinco outras gemiam e faziam força. João não viu mais nada, ficou banzando no corredor. Entardecia, quando a porta se abriu e a enfermeira lhe disse que o parto fora complicado mas agora tudo estava em ordem, a criança na incubadora. "Posso ver?" "Depois o senhor vê. Amanhã." Amanhã era dia de pagamento, não podia faltar à obra. Voltaria domingo.
Mas no dia seguinte, à hora do almoço, telefonou, uma complicação, não se ouvia nada, alguém na secretaria foi indagar, respondeu que tudo ia bem, que ficasse descansado.
Domingo pela manhã, João se preparava pra sair quando a ambulÂncia silvou à porta, e dela desceu, amparada, a mulher de João: "O menino?" "Diz que morreu na incubadora, João." "E era mesmo como a gente pensava, moreninho, engraçado?" Ela baixou a cabeça. "Não sei, João. Não vi. Eu estava passando mal, eles não me mostraram."
E o menino, que tinha sido tanto tempo, deixou de repente de ser.
Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, junho 23, 2004

Surtei

Pelo menos acho que surtei... depois de uma segunda feira ótima (sim ótima... eu consegui uma segunda maravilhosa) eu surtei... roi as unhas, to um pouco nervosa.. por que será? Estou futil... muito futil! Não quero ler, não quero pensar. Quero colo... e colo especifico!! Quero um monte de coisas. Estou na fase de querer. Ainda bem que no amor vai tudo bem, obrigada! Mas acho que na verdade estou me sentindo inutil por não estar tendo aulas... e com um pouco de medo desse semestre. Assim que as aulas voltarem tenho prova, mas não tenho biblioteca... mas será que é isso mesmo que esta me deixando nesse estado que tenho vontade de sair gritando, de virar a Bethânia?! Ou será que é só uma justificativa que dou? Ah... quero parar de fumar também.. iiiihhhh... alguém em diz o que me incomoda e me diz também o que eu quero?

PS: Texto confuso não?

quinta-feira, junho 17, 2004

Pois é

Demissões, mal entendidos... Não há muito o que fazer. Talvez eu seja malvada mesmo, egocêntrica... até louca. Acho que nunca devo ter merecido nada disso. Mas não foi consciente. Não há o que fazer. Não sei lidar com pessoas, talvez tenha que me isolar em um laboratório com as minhas moscas mesmo. Talvez, talvez... tempo de reflexão. Tempo para entender o que fiz de errado. É ruim ver que machuquei demais quem sempre me amou. A vida anda, as prioridades mudam... felizmente ou infelizmente, não sei. Queria conseguir demonstrar em palavras o que sinto. Mas sou mediocre, não sei escrever. Tudo o que posso fazer é desejar que ele seja feliz... eu não vou mais atrapalhar isso... quem sabe um dia eu consiga a felicidade também... por enquanto não dá.

quarta-feira, junho 16, 2004

>:-|

Eu me demito!!!

segunda-feira, junho 14, 2004

Ordens...

Bom a Flavia pediu p/ eu escrever aqui e vou atender o pedido soh pq ela me deu uma conta no gmail.
Xeu ver qq eu fiz no feriado...show do Tubaina (com o Jason cantando hehehe), passeio pela Vila Madalena com a Dona Heloisa e Efeito Borboleta q eu achei mto da hora mas a Helo ficou com medo :P

Fora isso minha vida esta resumida a pegar onibus(Obrigado Marta ex-Suplicy por fazer milahres de obras), ficar o dia todo no icq ateh q as 16:30 chegue alguma coisa urgente p/ resolver .... ah sim e vou na academia correndo na hora do almoco...

E eh claro No Mina, Yes Exames na Unip!

Tudo bem... tou cansado e de saco cheio pq jah sao 23:51 vou dar "Publish Post" antes q comece a mandar todo mundo se fuder :D

Inutilidade cansa

A tia Flávia me falou que era pra eu escrever então eu vim.
Eu tô em casa há incontáveis dias...aí chega o feriado... e eu continuo em casa (salvo as baladas de tequilas e filmes) mas desta vez com a presença da graaaande família. Tiraram a vaca da minha sala, mas a vaca volta todo fim de semana, eu me sinto numa casa de brinquedo!
Em resumo eu preciso fazer mais coisas com meus dias, essa greve tá fazendo mal. Era pra eu estudar... pééééé... era pra eu cuidar do meu quarto... pééééé... era pra eu fazer muitas coisas mas fico aqui na frente o dia inteiro. Amanhã eu vou sair. Nem que seja pra ir até ali e voltar, porque de noite eu não durmo, eu me coço! E se eu começar a tomar muito dramin pra dormir vai me fazer mal, então vou me cansar durante o dia pra dormir bastante a noite! Viu... tô tão inútil que não sai nada bom... a preguiça me tomou... droga!
è fiquei sem escrever uma cara... hehehehe... pois é... mau!!! Não tenho lá muito o que dizer, a USP continua em greve, eu continuo tendo cólicas horriveis, continuo trabalhando, namorando o meu moço bebado, chato e lindo que eu amo muito... Porra... tá foda essa greve!!! Saco viu? queria muito ter férias em janeiro. Quanto as cólicas, fazer o q?? Chá de louro e bolsinha de água quente. O trabalho tá legal, tirando as mau comidas de lá, mas tem que lidar, né? todo lugar tem... Ah, minhas Drosophilas tão lindas... cheia de pupas, meu trampo vai dar certo... e vou calar a boca de uma galera lá!!! E o namoro, bem... o namoro. Namoro não pode ser melhor... isso me deixa loucamente feliz, embasbacada... amo e acho que nunca gostei tanto assim. É a inspiração tá foda... voltarei, voltarei.

terça-feira, junho 01, 2004

Voltando com tudo

Aeeee... andei meio sumida, mas agora eu tenho speedy e posso escrever de casa... chiquerrimo!!! aeeeeeeeee... depois quando o ataque passar eu volto pra escrever